Condenada em virtude do 8 de janeiro, a aposentada Jucilene do Nascimento, 62, está com a mandíbula esquerda arroxeada, depois de ter sido espancada no Presídio Feminino de Florianópols (SC). A marca se soma a um hematoma no olho esquerdo.

A informação consta em um relatório do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Florianópolis, redigido em 14 de agosto.

De acordo com o atestado obtido por Oeste, a idosa condenada a 14 anos de cadeia relatou que, desde sua chegada, duas internas a proibiram de falar sobre o motivo de sua prisão, e que uma delas foi a autora da agressão física que sofreu recentemente. Ainda conforme o documento, Jucilene disse se sentir mais segura atualmente porque a responsável pelo ataque se encontra em regime de castigo.

O laudo também descreve que Jucilene enfrenta dificuldades de adaptação no ambiente prisional por divergir do perfil de outras detentas, como as faccionadas. Diagnosticada com hipertensão desde a prisão, ela vem utilizando medicamentos contínuos. Além disso, apresenta quadro de depressão em remissão parcial, tratado com sertralina.

Caso de idosa do 8 de janeiro chega aos EUA

Há 11 dias, a defesa de Jucilene levou o caso dela para a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.

Os advogados da mulher anexaram à denúncia uma reportagem de Oeste.

“A agressão resultou em lesão evidente na região do olho, configurando hematoma extenso, cuja gravidade impõe sérias preocupações quanto à segurança da apenada no ambiente prisional”, disseram os advogados. “O quadro evidencia falta de condições mínimas de segurança pessoal à custodiada, que vem convivendo com presas de alta periculosidade, estando, assim, exposta a riscos concretos de novas agressões e danos irreversíveis à sua integridade física e mental.”

Leia também: “Os mais recentes absurdos do 8 de janeiro”, reportagem publicada na Edição 283 da Revista Oeste

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