
O secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales, que teve o visto revogado pelo governo dos Estados Unidos, voltou a se manifestar sobre as sanções das quais foi alvo. Ele classificou a medida como uma “agressão injusta”, mas disse estar “muito tranquilo” com a situação.
Ele também defendeu o Mais Médicos como uma política pública para “garantir acesso à parcela mais vulnerável da população usuária do SUS”. Na sequência, Mozart considera que a “agressão” do governo norte-americano não é direcionada a ele e, sim, à soberania brasileira.
“Compreendo que a agressão não é a mim enquanto pessoa física, é sim uma agressão à soberania do Estado Brasileiro, como se fosse crime levar atendimento médico à população brasileira mais vulnerável socialmente que é usuária do SUS. Jamais faria algo que fosse ultrajante para minha profissão ou para a dignidade das pessoas”, destacou.
Novas sanções
Nessa quarta-feira (14/8), o governo norte-americano anunciou novas sanções contra dois brasileiros, agora impedidos de entrar no país comandado por Donald Trump.
Além de Mozart, o ex-coordenador-geral da COP30 Alberto Kleiman foi alvo de retaliação.
Os funcionários do governo brasileiro perderam seus vistos por suas atuações no programa Mais Médicos, implementado em 2013, durante a gestão de Dilma Rousseff (PT).
Segundo a administração norte-americana, o programa serviu como forma de Cuba driblar o embargo econômico dos EUA contra o país.
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Em uma publicação no Instagram, Mozart afirmou não ter cometido erros ao participar da criação do programa. Atualmente, ele coordena o Agora Tem Especialistas, principal aposta do governo federal na área da saúde.
“Não cometi qualquer delito de cunho individual para receber essa sanção da extrema direita americana”, frisou o secretário.
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