
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), classificou nesta quinta-feira (14/8) a decisão do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de ir para os Estados Unidos como “incompatível com o exercício parlamentar”.
“Eu tenho dito que não existe mais ou menos deputado. Existe o deputado. Da mesma forma que não há previsão regimental do exercício à distância, e o deputado Eduardo Bolsonaro, quando tomou a decisão de ir para os Estados Unidos cumprir o papel que ele acha correto, ele sabia que era incompatível com o exercício parlamentar”, disse.
Para ele, no entanto, o filho 03 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não pode ser “prejudicado diante de suas prerrogativas pelo fato de estar nesse ambiente de disputa, de ataque, digamos, que ele vem cumprindo contra instituições no nosso país”.
Motta afirma que Eduardo poderia estar cumprindo seu papel de defender seu pai enquanto réu no Supremo Tribunal Federal de forma diferente. “Eu penso que o deputado Eduardo poderia estar contra o julgamento do Supremo, é natural discordar. Agora, quando a gente parte para a atuação em um trabalho contra o país, que prejudica empresas, nossa economia, eu não acho razoável. Acho que é uma atitude que nós temos que ter total discordância”, disse, em entevista à GloboNews.
Motta já descartou permissão para Eduardo manter o mandato à distância. Ele diz que não pretende mexer no regimento interno da Casa. “Isso seria uma excepcionalidade, o que não se justifica para o momento”, disse Motta, em entrevista exclusiva ao Metrópoles na quinta-feira passada (7/8).
Para Motta, Eduardo fez uma “escolha política” ao ir para os EUA, onde articula com o governo de Donald Trump sanções a autoridades brasileiras, como o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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