
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a mobilização e o treinamento de 4,5 milhões de membros da Milícia Nacional Bolivariana em todo o país. A demonstração de força, comunicada em um evento com o alto comando militar, eleva a tensão política e social no país, que vive um cenário de profunda crise e se aproxima de um conturbado período eleitoral.
A Milícia Bolivariana é um corpo civil armado, leal ao chavismo, que atua como uma força paralela às Forças Armadas regulares. Criada por Hugo Chávez, ela foi massivamente expandida sob o governo de Maduro e é frequentemente descrita por seus apoiadores como um pilar da “defesa da revolução” contra ameaças internas e externas.
Segundo Maduro, os milicianos serão integrados às “Brigadas Populares” para atuar na defesa do território e garantir a paz interna. A mobilização em massa é vista por analistas e pela oposição como uma clara manobra de intimidação, visando desestimular protestos e garantir o controle social em um momento de grande insatisfação popular.
O anúncio ocorre em um contexto de crescente pressão internacional e de negociações incertas sobre as garantias para as próximas eleições presidenciais. A demonstração de um exército civil de milhões de pessoas armadas envia uma mensagem contundente aos adversários de Maduro, tanto dentro quanto fora da Venezuela.
Fonte: CNN