Embora sejam tratados como filhos por alguns tutores, os gatos têm necessidades muito diferentes das nossas — especialmente quando o assunto é alimentação. Segundo a veterinária Giovana Mazzotti, especializada em felinos, um erro comum é oferecer ao animal o que estamos comendo. “Algumas vezes pode não fazer mal; outras vezes, pode fazer muito mal”, alerta.
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Isso acontece porque os gatos são carnívoros estritos, ao contrário dos humanos e dos cães, que são onívoros. Ou seja, a base da dieta dos felinos deve ser composta essencialmente por carne e derivados. “Na tentativa de agradar o gatinho, a gente acaba oferecendo algo do nosso prato. No entanto, a dieta deles é completamente diferente da nossa”, reforça.
Um exemplo citado por Giovana é a cenoura. Apesar de ser inofensiva, ela não oferece os benefícios que muitos imaginam. “O gato não metaboliza o beta-caroteno como o ser humano. Se ele gostar de cenoura, pode até comer, mas o único benefício seria a fibra. Não é algo necessário nem benéfico de fato.”
A cenoura não oferece benefícios para os gatos
Se ainda assim o tutor quiser variar o cardápio, a especialista recomenda que pense como se estivesse escolhendo algo para um bebê. “Alimentos com muito condimento, por exemplo, com certeza não dariam certo.”
Além disso, há uma série de itens do nosso dia a dia que devem ser evitados a todo custo, pois podem causar intoxicações sérias:
Alho e cebola – altamente tóxicos e causadores de anemia;
Sal em excesso – pode sobrecarregar os rins e causar desequilíbrios;
Chocolate – contém teobromina, uma substância extremamente tóxica;
Uva – associada a problemas renais, mesmo em pequenas quantidades;
Frutas cítricas – podem causar irritações e distúrbios gastrointestinais;
Carnes cruas ou malcozidas – risco de infecções, verminoses e toxoplasmose;
Alimentos condimentados ou temperados – não são adequados ao sistema digestivo felino.
A veterinária destaca que não existe uma dose segura desses alimentos. “Os componentes tóxicos não são fixos. Por exemplo, muita gente acredita que o chocolate amargo é menos prejudicial, no entanto, ele é ainda mais perigoso por ter maior concentração da substância tóxica.”
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Sintomas de intoxicação
Segundo a especialista, entre os sintomas de intoxicação estão vômitos, apatia, anemia, dificuldade para respirar e, em casos mais graves, falência de órgãos. Por isso, a orientação é clara: mantenha a dieta do seu gato restrita ao que for específico para a espécie. “Nosso gato de dentro de casa já não é mais um animal selvagem. A gente quer que eles vivam muitos e muitos anos”, finaliza Giovana.
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