Redação 
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse, nesta quarta-feira (27/8), que a divisão de candidatos de direita nas eleições presidencias de 2026 não é um problema, e que a ideia da união de todos em um primeiro turno não é mais defendida entre eles. O mineiro foi entrevistado no programa Contexto Metrópoles.
“Essa pulverização já não é um problema. Antes chegou a prevalecer a ideia de que o ideal seria já caminhar junto em um primeiro turno. Mas, à medida que fomos amadurecendo as ideias, vimos que é melhor você ter três, quatro, não sei quantos serão, caminhando lado a lado e juntos, unidos, no segundo turno”, declarou o mineiro, que é um dos pré-candidatos ao Planalto junto a aliados como Ronaldo Caiado (União), governador de Goiás.
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Zema lançou sua candidatura à Presidência da República há duas semanas, durante convenção nacional do Novo em São Paulo.
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Em relação a isso, o pré-candidato disse que esteve com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Brasília para comunicá-lo sobre o lançamento e que o apoio dele será importante para qualquer concorrente.
“Isso vai depender muito mais dele do que de nós. O apoio dele vai ser importante para qualquer candidato. Agora não sabemos se ele dará esse apoio a algum dos candidatos, e caso sim, a qual. É uma decisão que vai caber a ele que nós respeitamos”, afirmou. “Ele me disse: ‘governador, quantos mais nomes a direita tiver, mais fortalecida ela estará. Ela ganhará mais votos no primeiro turno e irá para o segundo com uma chance maior ainda de ganhar’. É uma visão com a qual eu compartilho”.
Durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nessa segunda-feira (25/8), o governador de Minas minimizou sua proximidade com Bolsonaro. Na ocasião, Zema disse que a ligação entre os dois “não é tão grande como alguns alardeiam”.
“Quem conhece minha história sabe que na campanha de 2018 eu caminhei de um lado e Bolsonaro de outro. Em 2022 a mesma coisa, exceto no segundo turno, quando eu já estava reeleito e o apoiei”, comentou.
Em entrevista ao Contexto Metrópoles, ele citou que respeita e mantem contato com o ex-presidente.
Quem é Romeu Zema
Zema foi eleito governador de Minas Gerais em 2018, derrotando Antonio Anastasia (PSDB) no segundo turno com 71,80% dos votos. Assumiu o cargo após a gestão de Fernando Pimentel (PT).
Na eleição de 2022, disputou com chapa “puro sangue” ao lado de Mateus Simões (Novo) e foi reeleito ao vencer Alexandre Kalil (PSD) com 56,18% dos votos.
Herdeiro de um dos maiores grupos empresariais mineiros, é formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo. Bisneto de Domingos Zema, fundador do Grupo Zema em 1929, assumiu a gestão da companhia em 1991.
