Um dos traficantes mais famosos do Rio de Janeiro (RJ), Alexander de Jesus Carlos, mais conhecido como “Choque” ou 220 V (foto em destaque), tem protagonizado u

A polêmica cirurgia em hospital de luxo paga por líder do CV preso

Um dos traficantes mais famosos do Rio de Janeiro (RJ), Alexander de Jesus Carlos, mais conhecido como “Choque” ou 220 V (foto em destaque), tem protagonizado u

Um dos traficantes mais famosos do Rio de Janeiro (RJ), Alexander de Jesus Carlos, mais conhecido como “Choque” ou 220 V (foto em destaque), tem protagonizado uma polêmica. Isso porque o homem, que está preso desde 2008, foi liberado do Presídio Gabriel Ferreira Castilho (Bangu 3 B) para ser submetido a um procedimento cirúrgico no luxuoso Hospital Samaritano, localizado em Botafogo (RJ).
O faccionado do Comando Vermelho (CV), considerado de alta periculosidade, foi internado na sexta-feira (9/8) para ser submetido a uma colecistectomia por vídeo. O procedimento custa, em média, cerca de R$ 20 mil na rede particular.
À coluna, o advogado de “Choque”, Daniel Sanchez Borges, apontou que a saída do preso para ir ao hospital particular de alto padrão partiu do próprio juiz. “Foi um procedimento autorizado pelo juíz da Vara de Execução Penal com parecer do Ministério Público ao verificar a gravidade do caso”, disse.

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“A vesícula dele estava cheia de pus, se a autorização não tivesse sido concedida, ele, provavelmente, teria morrido”, declarou Borges.
À coluna, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap) confirmou que a liberação para o procedimento cirúrgico se deu a partir de decisão judicial.
O que causou estranheza acerca da saída do “Choque” foi o fato de que a unidade de saúde em que ele foi atendido é considerada de luxo, sendo frequentada, majoritariamente, pela elite.
Na sexta (9), o detento foi internado no hospital luxuoso que conta com diversas especialidades médicas. O local tem 130 leitos de alto padrão. Além disso, oferece estadia em quartos com estética luxuosa, que contam com serviço de camareira, enxoval e poltronas massageadoras.
Os cômodos são mobiliados com TVs, aparelhos de ar-condicionado, iluminação e persianas com controle automatizado, além de frigobar, cofre, Wi-Fi e itens diferenciados de higiene pessoal.
O advogado Daniel Borges defende que “toda a questão de saúde foi vista pelo juíz da execução, responsável pela área de fiscalização e saúde, e com aval do MP. Todo trâmite obedeceu o padrão internacional de direitos humanos e à legislação nacional”.
Borges ainda citou como exemplo o caso do ex-deputado federal Roberto Jefferson, que, preso, ficou quase dois anos internado no mesmo hospital.
Procurado pela coluna, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) respondeu que Alexander teve alta hospitalar na noite dessa quarta-feira (13/8) e já retornou ao presídio.
Não houve esclarecimentos do TJRJ, tampouco da Seap, quanto ao estado de saúde do detento. Procurado pela coluna, o Hospital Samaritano não havia respondido até a publicação desta reportagem.
O que diz a legislação?
O artigo 14 da Lei de Execução Penal assegura que é direito do preso e internado o acesso à assistência de saúde, que consiste no atendimento médico, farmacêutico e odontológico. Nesse mesmo sentido, os artigos da referida lei estabelecem que é dever do Estado a prestação de assistência quanto à saúde do preso e internado.
Entretanto, quando a unidade prisional não possuir condições de prover a assistência médica necessária, conforme dispõe o artigo 14, § 2º da Lei 7.210/1984, esta será prestada em outro local, mediante autorização da direção do estabelecimento.
Sendo assim, é preferível que o preso seja atendido na própria penitenciária, mas, caso o atendimento não seja viabilizado, inadequado ou insuficiente, o detento poderá, excepcionalmente, ser atendido em local distinto.
Questionados acerca da razão para o atendimento não ter sido realizado no Presídio Gabriel Ferreira Castilho (Bangu 3 B) ou em hospital público, o TJRJ e a Seap não responderam.
Quem é “Choque”
Em meados dos anos 2000, o traficante esteve à frente do Comando Vermelho (CV) diversas vezes quando o chefe em questão tinha de deixar o cargo por um tempo.
Em 2008, ele chefiou a comunidade de Manguinhos e chegou a dar entrevista ao vivo a um veículo de imprensa amplamente conhecido. Ele está preso desde esse mesmo ano.
Antes de ser finalmente alcançado pela polícia, o homem fugiu de diversas operações policiais e chegou a ser baleado em algumas ocasiões.
Violento, à época o homem era temido por matar inimigos com requintes de crueldade.

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Redação

Ricardo Severino, 50, Casado, Jornalista, Radialista, Desenvolvedor Web, Criador de conteúdo - MTB - 95472/SP

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