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Google News – Metrópoles
– Foto: Marceli S. Camargo/Governo de SP
A agenda política tocada por governadores de direita após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem irritado o “núcleo raiz” do bolsonarismo.
Aliados atribuem a postagem feita pelo vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL), e repostada pelo irmão Eduardo Bolsonaro (PL), em que chama os “governadores democráticos” de “ratos” e “cúmplices covardes”, como uma reação do clã Bolsonaro a declarações de teor eleitoral de nomes como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afilhado político do ex-presidente, e ao lançamento oficial da pré-candidatura do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), à Presidência da República, no fim de semana.
“Você acha que essa é a hora de alguém se lançar candidato quando um ex-presidente, sem culpa de crime nenhum, está em prisão domiciliar? É hora de alguém arvorar alguma coisa? Por isso que o filho de Bolsonaro, com muita razão, se posicionou. Eu concordo com ele em gênero, número e grau”, afirmou ao Metrópoles o pastor Silas Malafaia.
Para o líder religioso, principal organizador dos últimos atos a favor de Bolsonaro, os presidenciáveis de direita, que precisam do eleitorado bolsonarista para serem competitivos em 2026, são omissos em relação a “tudo que está acontecendo no Brasil”.
“Ele [Carlos] está indignado porque está vendo o pai dele definhando, doente, e não tem uma reação veemente, dura, justa e verdadeira contra Alexandre de Moraes”, disse o pastor, que é crítico ferrenho do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) encarregado dos processos que envolvem os bolsonaristas.
A mando do ministro do STF, Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto. Ele é réu no processo que apura suposta tentativa de golpe do Estado pelo ex-presidente e aliados. O julgamento está marcado para setembro.