A travessia de balsa entre São Sebastião e Ilhabela é um tema que gera muita polêmica e insatisfação entre os moradores e visitantes do arquipélago. Na noite de ontem (23), aconteceu uma audiência pública para discutir os problemas operacionais e logísticos que afetam o sistema hidroviário, leia mais...

Audiência Publica Sobre a Travessia de Balsas, o que rolou?

A travessia de balsa entre São Sebastião e Ilhabela é um tema que gera muita polêmica e insatisfação entre os moradores e visitantes do arquipélago. Na noite de ontem (23), aconteceu uma audiência pública para discutir os problemas operacionais e logísticos que afetam o sistema hidroviário, que tem registrado longas filas de espera e atrasos frequentes. A audiência contou com a presença de autoridades locais, representantes do governo do estado, membros da sociedade civil e o prefeito, que saiu antes do fim sem ouvir a população, alegando ter uma viagem para a Espanha com integrantes do governo estadual. A mediação e organização foi feita pelo vereador Gabriel Rocha (SD).

A diretora do governo do estado, Jamile Consulin, apresentou os planejamentos e andamentos do sistema hidroviário, mas não convenceu a todos, pois as propostas são para médio e longo prazo, sem oferecer uma solução efetiva para o problema atual. Ela disse que o governo está empenhado em melhorar o serviço, mas reconheceu que há dificuldades técnicas e ambientais para ampliar a capacidade de travessia. Ela citou o assoreamento no atracadouro de Ilhabela, que impede a construção de mais berços de atracação, e as condições climáticas, que afetam as embarcações de fibra que fazem a travessia.

A população teve seu momento de fala e cobrou medidas urgentes para resolver o caos na travessia, especialmente às vésperas da temporada de verão, quando o fluxo de turistas aumenta consideravelmente. Alguns dos pontos levantados foram: a necessidade de lanchas para pedestres com maior capacidade, a substituição das embarcações de fibra por outras mais resistentes e seguras, a melhoria da gestão e da logística do sistema hidroviário, a fiscalização das irregularidades cometidas pelos operadores das balsas e a participação efetiva da população nas decisões sobre o transporte aquaviário.

A audiência pública foi um espaço importante para o debate e a exposição dos problemas enfrentados pela população de Ilhabela, mas também deixou claro que há um longo caminho a ser percorrido para se chegar a uma solução satisfatória. O governo do estado se comprometeu a fazer o possível para atender às demandas apresentadas, mas não deu prazos nem garantias de que as melhorias serão implementadas. A população espera que as promessas sejam cumpridas e que a travessia de balsa deixe de ser um pesadelo para se tornar um serviço eficiente e digno.

O vereador Gabriel Rocha em suas considerações finais cobrou do estado a fila prioritária aos moradores do arquipélago, que ingressou com uma ação para cobrança de multa diária no caso de descumprimento e inoperância por parte do estado, o vereador e presidente da Câmara Alessandro Abençoado ressaltou que a balsa só existe por conta de Ilhabela caso contrario não haveria a necessidade do sistema de travessia. Lembrando que os únicos meios para entrar no arquipélago é por balsa ou helicóptero, não tendo outra via a população clama por melhorias, sabemos que outras gestões do estado deixaram chegar neste ponto critico, mas medidas urgentes devem ser tomadas para um bom atendimento aos usuários, a logística de travessia precisa ser revista e avaliada com urgência, os municípios de são sebastião e Ilhabela precisam também ajudar a buscar soluções imediatas para evitar este transtorno.
O comandante da capitania dos portos finalizou e reforçou que não há balsas apreendidas e sim balsas paradas para manutenção, informou ainda após ser questionado pelo Dr. Flavio Freitas da possibilidade de inserir no sistema desfribiladores para casos de urgência e emergência, o comandante respondeu que pela regra e pelo tempo de travessia não há parâmetros que exijam, mas que estudará e recomendará ao departamento hidroviário a implantação nos bolsões de embarque.
Para finalizar a grande dúvida que fica é, o governo está comprometido realmente em solucionar este problema ou os usuários e turistas serão obrigados a passar mais um caos nesta temporada.
E não é somente questão de balsa e sim um conjunto de ações que possam atender os usuários de forma descente, como no mínimo de infraestrutura para embarque e desembarque de usuários, lembrando que além da tarifa cobrada hoje o governo ainda subsidia a empresa operadora, perguntado aos funcionários sobre a gestão muitos reclamaram das faltas de condições de trabalho, bem como salários ínfimos perto do que é pago em outras travessias como Santos Guarujá.

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Por Ricardo Severino – Blog do Severino

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Redação

Ricardo Severino, 50, Casado, Jornalista, Radialista, Desenvolvedor Web, Criador de conteúdo - MTB - 95472/SP

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