
Uma equipe do Instituto Argonauta resgatou uma baleia-jubarte que estava presa em uma rede de pesca na tarde de terça-feira (27) em Ilhabela, no litoral norte de São Paulo. O animal, que media cerca de oito a nove metros, estava com um cabo de nylon enrolado na cauda, que dificultava sua locomoção e respiração.
A baleia foi avistada por outras embarcações que estavam na região observando cetáceos, e que acionaram o Instituto Argonauta, que possui uma equipe especializada em desemalhe de animais marinhos. Com o apoio da embarcação Pontoporia da Terramare, os biólogos Marcelo Rezende e Vinicius Damasceno conseguiram cortar o cabo e liberar a baleia, que estava acompanhada por outra jubarte menor.
O cabo de nylon fazia parte de um petrecho de pesca de espinhel, que consiste em uma linha principal com várias linhas secundárias com anzóis. Esse tipo de pesca pode causar a captura acidental de espécies não-alvo, como as baleias-jubarte, que migram da Antártica para a costa brasileira durante o inverno para se reproduzir e amamentar.
O Instituto Argonauta alerta que o desemalhe de baleias é uma atividade perigosa, que requer treinamento e equipamentos adequados para evitar acidentes com a equipe de salvamento e com o animal. Por isso, recomenda-se que as pessoas não tentem desemalhar o animal por conta própria, mas que acionem o Instituto Argonauta pelo telefone (12) 3833-4863 ou pelo aplicativo Argonauta, disponível para iOS e Android.
O Instituto Argonauta é uma organização sem fins lucrativos fundada em 1998 pelo Aquário de Ubatuba, que tem como missão a conservação dos ecossistemas costeiros e marinhos. O Instituto desenvolve projetos de pesquisa, educação ambiental, resgate e reabilitação da fauna marinha, monitoramento de resíduos sólidos no ambiente marinho, entre outras atividades.
Por – Ricardo Severino – Blog do Severino