
A Prefeitura de Caraguatatuba, por meio da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Sepedi), em parceria com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), inaugurou nesta quinta-feira (8) a Residência Inclusiva “Selma Meyer Fontes”, voltada para pessoas com deficiência (PcD) com idade entre 18 e 59 anos, sem vínculos familiares.
Essa é a primeira instituição, no Litoral Norte, nesse modelo, criada pelo Decreto 1.717, de 5 de dezembro de 2022. O espaço tem capacidade para abrigar até 10 pessoas e foi criado com o objetivo de proporcionar um lar para pessoas com deficiência que não possuem família ou tenham elos rompidos.
O prefeito Aguilar Junior disse que essa era uma necessidade e reivindicação antigas no município. “Muitas mães, pais ou responsáveis por pessoas com deficiência têm enorme preocupação, caso faleçam, sobre quem cuidará dos seus filhos e filhas. Fico muito feliz em concretizar, em colocar em prática a Residência Inclusiva, com o apoio da Apae, oferecendo um ambiente acolhedor, seguro e que supre as necessidades básicas dessas pessoas que não têm mais a família como porto seguro”, ressaltou.
De acordo com o secretário da Sepedi, Amauri Toledo, esse é mais um equipamento instituído na gestão do prefeito Aguilar Junior voltado a garantir proteção de pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade.
“Agradeço ao prefeito Aguilar Junior por proporcionar condições para estabelecermos a primeira Residência Inclusiva do Litoral Norte. Esse será o lar de pessoas entre 18 e 59 anos que não tem laços familiares. E poder proporcionar acolhida, segurança e paz a essas pessoas é a principal finalidade desse importante projeto”, disse Toledo.

A instituição é administrada por profissionais da Apae com supervisão da Sepedi.
Para a presidente da APAE, Sônia Maria Vitor, a parceria com a Prefeitura é motivo de orgulho. “Essa residência foi muito desejada e esperávamos por ela há anos. Agradeço ao prefeito e a toda equipe da Apae e Sepedi que tornaram esse empreendimento possível. Também considero muito assertiva a escolha do nome, pois a Selma fez a diferença no caminho de várias pessoas, em Caraguatatuba”, ressaltou.
A Residência Inclusiva recebeu o nome da pedagoga e comerciante Selma Meyer Fontes que se dedicou ao longo da vida a projetos sociais na cidade.
Os filhos da homenageada, Augusto e Gustavo Meyer Fontes, a irmã Priscila, sobrinhos e noras estiveram presentes na cerimônia.
“Minha mãe dedicou sua vida a ajudar pessoas, além de trabalhar por instituições sociais como a Apae e o Rotary. O nome dela é uma boa referência para essa casa, pois nela se pratica os mesmos princípios que norteou sua vida”, declarou Augusto.
Prestigiaram a inauguração a vereadora, Vera Morais, representando o Legislativo; a secretária de Educação, Márcia Paiva; a secretária adjunta de Saúde, Derci Andolfo; o secretário adjunto de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca, De Paula; o secretário de Esportes, Edvaldo Ormindo; o presidente do Conselho de Segurança, Pedro Hirochi Toyota; a presidente do Conselho Municipal de Saúde, Priscila Meyer; a presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, Leda Goulart; a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Cíntia Alves; o presidente da Casa da Amizade, Jesuíno Barbosa; a vice-presidente do Rotary Clube de Caraguatatuba, Maria Zivalda Barbosa; e o vice-presidente da Associação de Aposentados de Caraguatatuba, Luiz Carlos.
Residência Inclusiva
No momento, a Residência Inclusiva abriga três moradores: Vicente de Paula Nunes, 51 anos; Jonas José Godoy Oliveira, 22 anos; e Beatriz Nunes Domingues da Silva, 19 anos.
Jonas tem deficiência múltipla, é paratleta da equipe de Caraguatatuba e faz trabalhos como modelo. “Gosto de morar aqui. Estou feliz”, afirmou.
Já Vicente, cadeirante, tem sequelas motoras por causa de um acidente vascular encefálico e de uma parada cardíaca. “Adaptei bem aqui. O pessoal é bem legal”, declarou.
Por fim, Beatriz, deficiente intelectual que trabalha em um supermercado da cidade.
A assistente social da Apae, Renata Cristiane de Souza, é a coordenadora da Residência Inclusiva. Além dela, o projeto conta com mais uma assistente social, uma psicóloga, uma nutricionista, uma fisioterapeuta, quatro cuidadores, uma cozinheira, um motorista, um auxiliar administrativo e outro de serviços gerais.
“Os dois primeiros estavam institucionalizados há alguns anos na Casa da Infância após sofrerem violação de direitos por parte da família. Agora tem um lar permanente, onde podem receber visitas, participam de atividades socioeducacionais, culturais, fisioterapia, atendimento psicológico, lazer, acompanhamento nutricional e de assistência social. Já o mais velho também tem vínculos familiares rompidos e é usuário do Ciapi (Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência e ao Idoso)”, destacou Renata.
A coordenadora do projeto explicou que as atividades iniciaram em agosto e que nesse período foi realizado um trabalho de adaptação dos moradores e fortalecimento de vínculos entre eles. “Eles, agora, são uma família. Essa tem sido uma experiência enriquecedora para todos com resultados muito positivos”, afirmou.
Fonte: PMC