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Caso Hytalo Santos: pais de menores recebiam mesada de até R$ 3 mil

As investigações sobre Hytalo Santos, influenciador paraibano, indicam que pais de menores recebiam pagamentos mensais para autorizar a permanência dos filhos com ele e a participação em vídeos publicados nas redes sociais.
De acordo com denúncias apuradas pela polícia, os valores variavam entre R$ 2 mil e R$ 3 mil. Apesar das denúncias, conselheiros tutelares alegam não haver registros formais encaminhados pelas famílias.
Boa parte dos parentes desses jovens reside em Cajazeiras, interior da Paraíba, cidade de origem de Hytalo.
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“Nunca chegou até a sede do conselho nenhuma denúncia dos próprios pais ou responsáveis”, afirmou a conselheira tutelar da Paraíba, Nadyelle Pereira, em entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, neste domingo 17. “Nós não conseguimos contato com os pais desses adolescentes.”
A cidade onde Hytalo cresceu tem cerca de 70 mil habitantes. Lá, ele dava aulas de dança antes de iniciar a produção de vídeos com adolescentes, aumentando a popularidade e se mudando para João Pessoa, capital do Estado.
Com o crescimento nas redes sociais, o influenciador passou a exibir carros de luxo e mansões em diferentes cidades, enquanto ex-funcionários relatam recebimento de grandes quantias em espécie e joias. A defesa, no entanto, nega qualquer atividade ilícita.
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Prisão de Hytalo e alegações da defesa
A prisão de Hytalo Santos e de seu companheiro, Israel Nata Vicente, ocorreu em Carapicuíba, na Grande São Paulo, depois das denúncias feitas pelo youtuber Felca sobre “adultização” de menores. No momento da prisão, ambos estavam com quatro celulares cada.
De acordo com o delegado Fernando Davi, os dois já sabiam que seria expedido um mandando de prisão e estavam se preparando para fugir.
Os advogados de defesa alegam que os dois estavam em São Paulo a passeio, negam as acusações de exploração sexual e tráfico de pessoas, e sustentam que a prisão é desproporcional.
Posicionamento das autoridades e das redes sociais
Segundo o Ministério Público da Paraíba e o Ministério Público do Trabalho, existem provas de exploração de menores.
De acordo com a investigação, Hytalo recrutava adolescentes em outras cidades e os levava para João Pessoa, onde os submetia a condições de trabalho forçado. Depois da prisão, os jovens retornaram às famílias.
As plataformas digitais também emitiram posicionamento.
Em nota, a Meta disse que tem “regras rigorosas contra a sexualização infantil” e que conteúdos que esse teor são removidos assim que identificados.
“Utilizamos tecnologia para detectar adultos que apresentam comportamento potencialmente suspeito e impedir que eles encontrem e interajam com contas de adolescentes e também entre si”, diz um trecho da nota. “No mês passado, anunciamos novas medidas para dificultar ainda mais que esses adultos encontrem contas que exibem predominantemente conteúdos com crianças, por exemplo via recomendações ou busca.”
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A empresa destacou ainda políticas contra nudez, abuso e exploração de menores e informou que compartilha informações com outras empresas e autoridades. A Meta removeu as contas de Hytalo Santos.
O YouTube também declarou que remove conteúdos que exponham menores a temas sexuais ou violentos. A plataforma cancelou os canais de Hytalo Santos e Israel Vicente por violações reiteradas das diretrizes.
O TikTok relatou que a conta de Hytalo Santos foi banida inicialmente em abril de 2023 e novamente em junho de 2025, enfatizando que tais perfis não eram elegíveis para monetização.
Fonte: link original
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