
O governo de São Paulo afastou seis auditores fiscais suspeitos de envolvimento no caso de corrupção que adiantou créditos tributários e ressarcimento de ICMS-ST a empresas como a Fast Shop e a Ultrafarma. Eles vão responder a um Processo Administrativo Disciplinar instaurado na sexta-feira (22/8). A informação foi publicada Diário Oficial do estado desta segunda-feira (25/8).
Os auditores afastados foram: Artur Takefume Hamanaka, Fernando Kenji Iwai, Marcel Ono, Maria Cecília Grava Trentini, Maria da Conceição Rodrigues Fabaro e Selma Laltuf da Costa. Eles não foram alvos de busca e apreensão na Operação Ícaro, instaurado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), que revelou o esquema.
4 imagensFechar modal.1 de 4Dinheiro encontrado em casa de fiscal Artur Gomes da Silva Neto, investigado por corrupçãoReprodução2 de 4Dinheiro encontrado em casa de fiscal Artur Gomes da Silva Neto, investigado por corrupçãoReprodução3 de 4Pacotes de dinheiro foram encontrados em casa de fiscal Artur Gomes da Silva Neto, investigado por corrupçãoReprodução4 de 4Dinheiro encontrado em casa de fiscal Artur Gomes da Silva Neto, investigado por corrupçãoReprodução
Na quinta-feira (21/8), Artur Gomes da Silva Neto, apontado como principal operador do esquema de fraude fiscal e suspeito de receber R$ 1 bilhão, foi exonerado. Preso no dia 12/8, o próprio servidor pediu para ser demitido em uma carta manuscrita.
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O diretor da Fast Shop, Mario Otávio Gomes, e o dono da Ultrafarma, Sidney Oliveira, foram soltos na semana passada e foram liberados da fiança, que havia sido estipulada em R$ 25 milhões.
6 imagensFechar modal.1 de 6Sidney Oliveira, dono da rede UltrafarmaDivulgação/Ultrafarma2 de 6O empresário Sidney Oliveira3 de 6O empresário Sidney OliveiraDivulgação/Ultrafarma4 de 6O empresário Sidney OliveiraReprodução/Redes sociais5 de 6O empresário Sidney OliveiraDivulgação/Ultrafarma6 de 6O empresário Sidney OliveiraDivulgação/Ultrafarma
Entenda o esquema
O auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto teria recebido mais de R$ 1 bilhão em propina, desde 2021, para manipular processos administrativos e adiantar créditos de ICMS-ST para empresas como a Ultrafarma e a Fast Shop.
A Smart Tax, empresa em nome da mãe do fiscal, Kimio Mizukami da Silva, teve um aumento patrimonial “absurdo”, de acordo com a representação do Ministério Público de São Paulo (MPSP). Segundo a investigação, a empresa teve uma evolução patrimonial de R$ 411 mil para R$ 2 bilhões de 2023 a 2025.
O crédito recebido pelas empresas ainda foi vendido a outras empresas, como a Rede Nos, dona das lojas de conveniência Oxxo e da Kalunga. O MPSP apura se essas empresas tinham conhecimento de que os créditos que compraram foram obtidos de forma irregular.
Os diretores das empresas foram detidos no dia 12 de agosto e ficaram presos até sexta-feira (15/8), em prisão temporária.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) revogou um decreto de julho de 2023 que simplificou o ressarcimento de ICMS. A medida pode ter facilitado o esquema, já que reduziu o número de servidores envolvidos nas operações.
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