Em um momento de tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou nas redes sociais, na noite deste sábado, 16, um vídeo onde planta uma muda de uva no Palácio da Alvorada. No registro, o petista se dirige diretamente ao líder norte-americano Donald Trump, o convida para uma conversa e destaca que está “plantando comida, não violência e ódio”.

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A gravação foi publicada poucos dias depois de o governo dos EUA estabelecer tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Entre elas, uma sobretaxa de 40%, que entrou em vigor no dia 6 deste mês. Além das medidas econômicas, ambos os presidentes trocaram críticas em público e ainda não se encontraram ou conversaram por telefone.

Lula faz convite a Trump e diz querer diálogo

Durante o vídeo, Lula, ajoelhado ao lado de um canteiro, declarou que o ato de plantar a muda é “um exemplo”. “Eu estou plantando comida e não plantando violência e plantando ódio”, afirmou o petista. “Espero que um dia a gente possa conversar, presidente Trump, para o senhor aprender a qualidade do povo brasileiro.”

Hoje foi dia de colocar a mão na massa e plantar o primeiro pé de Uva Vitória do Palácio do Alvorada. Uva brasileira, sem semente, desenvolvida pela Embrapa.

Aqui, a gente planta comida e não violência ou ódio.

🎥 @JanjaLula pic.twitter.com/tov9N5NHWo

— Lula (@LulaOficial) August 17, 2025

No mesmo vídeo, Lula amplia o convite para que Trump visite o Palácio da Alvorada e defende a importância do multilateralismo nas relações internacionais.

“Queria aproveitar este sábado, em que eu estou plantando o pé de uva Vitória aqui no Palácio da Alvorada, um lugar que eu espero que um dia você possa visitar”, disse. “Para que a gente possa um dia conversar, para que você possa conhecer o Brasil verdadeiro, o Brasil do povo que gosta de samba, que gosta de carnaval, que gosta de futebol, que gosta dos Estados Unidos, que gosta da China, que gosta da Rússia, que gosta do Uruguai, que gosta da Venezuela. Nós gostamos de todo mundo.”

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Lula ainda mencionou que a produção de uva poderá ir para a merenda escolar, caso as tarifas dificultem sua exportação. “Não adianta o presidente Trump taxar a nossa uva, porque, se for necessário, ela vai para merenda escolar, sobretudo porque é uma uva sem semente.”