Conversa com Augusto Nunes marca o retorno do jornalista ao comando de entrevistas. Agora, o objetivo é ultrapassar os limites da análise política. O programa é semanal e vai ao ar das 20h30 às 21h30, às terças-feiras.

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Texto da Confederação Israelita do Brasil:

“O hoje escritor Gabriel Waldman, de 87 anos, era apenas uma criança quando as tropas alemãs invadiram a Hungria em 1944. O pai e outros membros da família foram levados para campos nazistas e nunca mais retornaram.

Waldman e a mãe ficaram, enfrentaram fome, sede, perseguições. E sobreviveram. Depois da 2ª Guerra Mundial, eles fugiram para a Áustria, em 1949, para fugirem dos soviéticos. Três anos depois, encontraram asilo no Brasil.

Já adolescente, Gabriel Waldman precisou se adaptar ao país, aprender o português, construir uma vida. Em São Paulo, conheceu uma jovem alemã. Imigrantes no Brasil e podendo se comunicar em alemão, os dois se apaixonaram. Engataram um namoro intenso, que terminou repentinamente, por decisão da garota, e sem nenhuma explicação clara.

Waldman seguiu a vida, mas não se esqueceu dela. Uma década depois, casado, ele se deparou com uma manchete no jornal. Reconheceu um nome. Leu duas vezes. E, então, descobriu que o pai da menina por quem se apaixonara era o ex-oficial nazista Franz Stangl, comandante dos campos de extermínio de Sobibor e Treblinka, e tinha acabado de ser extraditado do Brasil.

Em livro, Waldman escreveu sobre o romance que viveu com a filha de Franz Stangl, comandante de dois campos de extermínio que também encontrou refúgio no Brasil pós-guerra — e trabalhou na montadora Volkswagen. A obra que resgata essa história foi lançada no ano passado.”

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