A situação de desabastecimento de água em Ilhabela chegou a um ponto crítico, levando a Prefeitura a multar a Sabesp por falhas recorrentes no fornecimento do serviço essencial. Na última segunda-feira, 1º de outubro, diversos bairros da cidade amanheceram sem água, em meio a uma onda de calor e seca que agrava ainda mais a crise hídrica.
O problema foi atribuído à falta de manutenção das bombas de captação no bairro Costa Bela, resultando em prejuízos significativos para moradores e comerciantes locais. A indignação da população aumentou, especialmente após o prefeito Toninho Colucci registrar um boletim de ocorrência contra a Sabesp, apontando a possível responsabilidade criminal dos dirigentes da companhia. “A negligência da Sabesp pode caracterizar o crime de prevaricação”, afirmou Colucci, destacando a gravidade da situação.
Em resposta à crise, a Vigilância Sanitária Municipal aplicou um Auto de Infração, que pode resultar em multas superiores a R$ 350 mil. Além disso, a prefeitura já havia multado a Sabesp em R$ 300 mil na semana anterior, devido ao extravasamento de esgoto na Barra Velha. Colucci também acionou a ARSESP, pedindo uma fiscalização rigorosa e a aplicação de penalidades contratuais.
Entretanto, a população de Ilhabela não pode deixar de notar que, durante os 12 anos de gestão do atual prefeito, ações efetivas para evitar crises como esta não foram implementadas. Críticas à falta de planejamento e investimento na infraestrutura hídrica são constantes, e muitos cidadãos se perguntam por que, diante de problemas tão evidentes, soluções não foram buscadas antes que a situação se tornasse insustentável.
O descontentamento é palpável, e a cobrança por uma gestão mais eficaz e proativa cresce à medida que os moradores enfrentam diariamente os efeitos da falta d’água. Em tempos de crise climática, a população exige não apenas medidas punitivas, mas um compromisso real com a melhoria da qualidade de vida e a garantia de serviços essenciais.
A situação em Ilhabela serve como um alerta sobre a importância de uma gestão pública responsável e atenta às necessidades da população. Resta saber se, após essa crise, a administração municipal tomará as rédeas da situação ou se continuará a ser marcada pela ineficiência e descaso.