Redação 
O dólar operava perto da estabilidade na manhã desta quarta-feira (13/8), em um dia no qual as atenções do mercado financeiro estão voltadas ao anúncio do governo federal de um pacote de medidas de socorro aos setores da economia mais afetados pelo tarifaço comercial imposto pelos Estados Unidos sobre grande parte das importações brasileiras.
Dólar
Às 9h07, a moeda norte-americana avançava 0,01% e era negociada a R$ 5,386.
Na véspera, o dólar fechou a sessão em forte queda de 1,06%, cotado a R$ 5,386 – foi o menor valor em mais de um ano, desde junho de 2024.
Com o resultado, a moeda dos EUA acumula perdas de 3,84% em agosto e de 12,85% em 2025 frente ao real.
Ibovespa
As negociações do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), começam às 10 horas.
No dia anterior, o indicador encerrou o pregão em disparada de 1,69%, aos 137,9 mil pontos.
Com o resultado, a Bolsa brasileira acumula ganhos de 3,64% no mês e de 14,66% no ano.
Pacote pós-tarifaço no centro das atenções
O principal destaque do dia é o anúncio, pelo governo federal, das medidas de socorro aos setores da economia brasileira mais atingidos pelo tarifaço comercial de 50% imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, a grande parte dos produtos exportados pelo Brasil aos norte-americanos.
“Amanhã [quarta] vou assinar uma MP que cria uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para as empresas brasileiras que porventura tiverem prejuízos com a taxação de Trump. Isso é o começo, não se pode colocar mais quando não se sabe quanto é. Vai ser uma política de crédito para ajudar sobretudo as pequenas empresas, quem exporta tilápia, fruta, mel etc”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em entrevista à BandNews FM.
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Lula ainda disse que o pacote terá mais duas frentes: a busca por novos mercados para que as empresas sobrevivam a longo prazo, e também um programa de intensificação de compras governamentais.
“As grandes empresas têm mais poder. Então, vamos aprovar amanhã e será extremamente importante para mostrar que ninguém ficará desamparado por conta da taxação do presidente Trump. Vamos cuidar dos trabalhadores dessas empresas, achar outros mercados. Estamos mandando a lista dos produtos que a gente vendia para os EUA, para outros países”, disse Lula.
Também na terça, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), reforçou que a ideia do Palácio do Planalto é fazer uma divulgação detalhada de cada item do plano de apoio, com a apresentação dos valores e processos que constam da MP. Segundo o chefe da equipe econômica, a MP respeitará o arcabouço fiscal.
Desde o início da semana, Lula vem se reunindo com auxiliares para fazer ajustes na proposta. O governo federal estima que 36% das exportações brasileiras serão sobretaxadas em 50% para entrar nos EUA, segundo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB).
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