
O dólar subiu no mercado local nesta segunda-feira (18), e voltou a superar R$ 5,40, alinhado à valorização da moeda norte-americana no exterior. Após a rodada de depreciação da divisa e sem indicadores relevantes, investidores ficaram cautelosos e realizaram lucros. Com máxima de R$ 5,4445, o dólar à vista subiu 0,67%, a R$ 5,4344. Perde 2,97% no mês e 12,07% no ano. O real, líder entre emergentes em 2025, tomou nesta segunda as maiores perdas entre as moedas mais líquidas.
Além das negociações por cessar-fogo na Ucrânia, as atenções se voltam a sinais de alívio monetário nos EUA. O mercado financeiro aguarda a ata do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na quarta-feira (20), e o discurso do chairman Jerome Powell no Simpósio de Jackson Hole, na sexta-feira (22). Termômetro do dólar ante seis moedas fortes, o Dollar Index (DXY) superou 98,000 pontos, com máxima de 98,186. Ainda recua 1,90% em agosto e 9% no ano. Juros dos Treasuries subiram moderadamente.
O diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Diogo Guillen, desautorizou aposta em corte da Selic neste ano. Reconheceu moderação da atividade, mas disse que a economia ainda cresce acima do potencial. Ele lembrou que, após pausar o aperto e manter a Selic em 15% ao ano, o BC ainda busca a taxa capaz de levar a inflação à meta. “Uma vez determinada essa taxa de juros apropriada, ela vai ficar parada por um período bastante prolongado”, disse Guillen.
Bolsa de valores
Com apoio das ações de primeira linha, à exceção de Vale (ON -0,23%), o Ibovespa nesta segunda-feira (18), interrompeu série negativa de três sessões e retomou o patamar dos 137 mil pontos, visto também no fechamento da última terça-feira, então no maior nível desde 8 de julho – o dia anterior ao tarifaço dos Estados Unidos.
Nesta segunda, o índice oscilou dos 136.340,60, mínima correspondente ao nível de abertura, até os 137.901,59 pontos, no pico do dia, tocado no começo da tarde. Ao fim, mostrava ganho de 0,72%, aos 137.321,64 pontos, um pouco abaixo da última terça-feira, na casa então de 137,9 mil. O giro financeiro desta segunda-feira ficou em R$ 19,8 bilhões. No mês, o Ibovespa avança 3,19% e, no ano, tem alta de 14,17%.
Em sessão volátil, os contratos futuros de petróleo fecharam em avanço pouco acima de 1% nesta segunda-feira, com a atenção voltada para o encontro do presidente dos EUA, Donald Trump, com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, e outros líderes europeus para discutir o fim da guerra na Ucrânia. Investidores também acompanharam os desdobramentos no Oriente Médio.
Na B3, além de Petrobras (ON +0,80%, PN +0,63%), o dia em geral foi de recuperação para os papéis de primeira linha, após uma sexta-feira em que o Ibovespa havia ficado bem perto da estabilidade, no aguardo de desdobramentos sobre a situação na Ucrânia. O compasso de espera se estendeu a esta segunda-feira, com o encontro, na Casa Branca, entre Trump e líderes europeus, diz Ian Lopes, economista da Valor Investimentos.
Na ponta ganhadora do Ibovespa, Raízen (+10,58%) – com potencial investimento da Petrobras na empresa -, à frente de Cosan (+5,29%) e Auren (+4,72%). No lado oposto, Prio (-3,14%), Natura (-3,06%) e Cyrela (-1,59%). Entre os grandes bancos, os ganhos ficaram entre 1,26% (Santander Unit) e 2,03% (Banco do Brasil ON) no fechamento.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carol Santos
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