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Google News – Metrópoles
– Foto: Unsplash
O vídeo sobre a adultização publicado pelo influencer Felca jogou luz sobre um importante debate no mundo digital: os perigos da exposição de crianças e adolescentes com fotos e vídeos nas redes sociais, que podem ser alvo de criminosos.
Mas como saber o que deve ser evitado na hora de publicar algo nas redes? E como perceber se seus filhos estão em uma situação vulnerável da forma que eles interagem na internet? Afinal, existe um limite para essa exposição?
O Metrópoles conversou com a delegada Lisandréa Salvariego Colabuono, que coordena o Núcleo de Observação e Análise Digital (NOAD) da Polícia Civil de São Paulo; com o psicólogo Rodrigo Nejm, especialista em educação digital e colíder da área sobre o tema no Instituto Alana; e com Michelly Antunes, jornalista e líder de programas e projetos sociais da Fundação Abrinq, para responder a essas perguntas.
Os três deram dicas sobre como evitar situações problemáticas e foram unânimes em dizer que os pais precisam falar sobre os perigos da internet com os filhos. Veja:
Como saber o que posso postar sobre meus filhos?
“Ao contrário do que muitos pensam, a maioria dos materiais compartilhados no âmbito da pornografia infantil versa sobre fotos rotineiras: trocando fralda, dando banho, trajes de banho ou pijamas curtos, por exemplo”, conta a delegada Lisándra Salvariego.
Ela indica que os pais evitem esses tipos de fotos nas redes sociais abertas, e ressalta que não há um perfil, idade ou gênero que possam identificar quem pode ser um pedófilo. “Hoje, os criminosos não precisam mais sair de casa, seduzir crianças ou se preocupar em estratégias para alcançarem o que querem. Está tudo acessível, logo ali, na superfície digital.”
Especialista no tema, Michelly Antunes, da Fundação Abrinq, diz que criminosos também podem usar imagens dos rostos das crianças, tiradas de fotos aparentemente comuns, para adulterá-las e produzir conteúdos.
“Ao fotografar, é sempre importante usar acessórios como óculos, chapéu… Quanto mais acessórios, mais difícil [fica para alguém] tirar de contexto”. Para facilitar, ela sugere que os pais não fotografem a criança em um ângulo fechado, focando no rosto ou em partes do corpo. “Se for pra publicar, que seja foto de uma distância maior, de um ângulo não focado.”












