Redação 
O governo dos Estados Unidos anunciou um aumento significativo da recompensa oferecida pela captura do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Agora, o valor chega a US$ 50 milhões para quem fornecer informações que levem à prisão do líder venezuelano, acusado pelas autoridades norte-americanas de comandar uma rede internacional de narcotráfico.
Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, Maduro e integrantes de seu alto escalão estariam envolvidos diretamente com o envio de grandes quantidades de cocaína para território norte-americano. O esquema, de acordo com as investigações, teria ligações com organizações criminosas como o Tren de Aragua, a maior facção da Venezuela, e o cartel mexicano de Sinaloa.
As autoridades afirmam que o governo venezuelano atua como um verdadeiro “narcoestado”, utilizando o tráfico de drogas como ferramenta para obter recursos financeiros e, ao mesmo tempo, desestabilizar os Estados Unidos. Washington acusa Maduro de permitir e facilitar operações de narcotráfico em grande escala, protegendo criminosos e fornecendo rotas seguras para o transporte da droga.
A decisão de dobrar a recompensa foi interpretada como um recado político e diplomático à gestão de Maduro, que enfrenta forte isolamento internacional. Desde que assumiu o poder em 2013, o líder venezuelano acumula denúncias de violações de direitos humanos, perseguição a opositores, censura à imprensa e uso das forças de segurança para manter o controle interno.
A crise política e econômica na Venezuela já provocou um dos maiores êxodos da história recente da América Latina, com milhões de venezuelanos deixando o país em busca de melhores condições de vida. Para os EUA, a ligação do regime com o narcotráfico agrava ainda mais a instabilidade na região e exige uma resposta firme.
Com a nova recompensa, o valor oferecido pela captura de Maduro torna-se um dos mais altos já anunciados pelo governo norte-americano contra um chefe de Estado. A medida reforça a pressão internacional para que o presidente venezuelano responda judicialmente pelas acusações e para que haja mudanças no comando do país.
