O advogado Siro Darlan, ex-desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, assumiu a defesa do rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam. O cantor está detido no Complexo Penitenciário de Gericinó, o Bangu 3, depois de se entregar às autoridades no dia 22 de julho.

+ Leia mais notícias de Brasil em Oeste

A denúncia contra Oruam trata sobre tentativa de homicídio contra dois agentes da Polícia Civil. O Ministério Público fluminense pede sua condenação, sob a alegação de uso de meio cruel e motivação torpe, depois de o artista supostamente lançar pedras pesadas durante o cumprimento de um mandado de busca em sua residência.

Operação policial na casa de Oruam e desdobramentos

A operação policial que levou à prisão de Oruam mirava um adolescente apelidado de “Menor Piu”, suspeito de integrar a segurança de Edgar Alves de Andrade, o “Doca”. Este seria uma das principais lideranças do grupo organizado Comando Vermelho (CV) no Complexo da Penha.

Entre os agentes atacados pelo cantor e seus amigos, estavam o delegado Moysés Gomes e o oficial de cartório Alexandre Ferraz. Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira, que acompanhava Oruam durante a abordagem, também responde pelo mesmo crime.

O ex-desembargador Siro Darlan vai atuar no recurso para tentar reaver objetos apreendidos durante a operação no início do ano. Um primeiro pedido foi rejeitado pelo ministro Rogério Schietti, do Superior Tribunal de Justiça.

Leia também: “A glamourização do crime”, reportagem de Rachel Díaz publicada na Edição 258 da Revista Oeste

Oruam, de 25 anos, é filho de Marcinho VP, também apontado como liderança do Comando Vermelho. As autoridades do Rio classificaram o rapper como detento de alta periculosidade, e ele ocupa o terceiro nível mais elevado em uma escala de quatro graus no sistema penitenciário estadual.