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Filha contesta demissão de fotógrafo depois de registro de Moraes mostrando dedo do meio

O fotógrafo Alex Silva, de 63 anos, foi demitido do jornal O Estado de S. Paulo poucos dias depois de registrar a imagem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, fazendo um gesto obsceno durante um jogo do Corinthians. A filha dele, Lara Prado, contestou a decisão em um vídeo nas redes sociais e que a dispensa ocorreu sem explicações claras.
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Segundo Lara, a cobertura começou na Neo Química Arena, em um clássico entre Corinthians e Palmeiras. “A redação informou ao meu pai que o ministro estaria presente em algum camarote, mas não especificou qual”, relata. “Depois de muito procurar, ele encontrou o ministro.”
Ver essa foto no InstagramUma publicação compartilhada por Saito Junior (@saito_junior_)
Ela afirmou ainda que o material foi entregue ao jornal logo depois do registro. “Foram três fotogramas que meu pai conseguiu registrar e logo em seguida enviou para o Estadão“, continua. “No dia 31 de julho, o Estadão colocou essa foto na home, não foi na capa. Logo uma foto que surpreendeu muita gente. E detalhe: o Estadão vendeu essa foto para outros veículos de comunicação, como a Folha de S.Paulo, e foi a Folha que deu capa — não o Estadão.”
Demissão de fotógrafo não teve explicações claras
“Uma semana depois da publicação, meu pai foi chamado à sede do jornal e informado de que seria desligado por ‘motivos administrativos’, sem maiores explicações”, concluiu Lara. “Eu não sei se esse vídeo vai alcançar muitas pessoas, mas quero perguntar para você que está assistindo: você acredita nessa justificativa ou não?”
Alex Silva atuava no jornal havia 23 anos e acumulava mais de três décadas de carreira. Lara relatou que o desligamento ocorreu sem justificativa detalhada.
Leia também: “‘Fica um ponto de interrogação’, diz fotógrafo que registrou gesto obsceno de Moraes e acabou demitido do Estadão“
O veículo não se manifestou depois do vídeo da jovem. Na semana passada, no entanto, diante da repercussão da demissão, emitiu uma nota à imprensa que afirmava que a saída do fotógrafo já estava prevista. O Estadão disse que a decisão faz parte de uma redução de quadros da Editoria de Fotografia, “seguindo critérios exclusivamente administrativos”, e que não teve relação com a imagem.
“A imagem em questão foi considerada de relevante valor jornalístico pelo Estadão“, disse o comunicado. “Não à toa, foi publicada como principal destaque na home do jornal ainda na noite da quarta-feira, dia do jogo. Permaneceu na home durante todo o dia seguinte e também foi publicada em espaço importante na edição impressa.”
Na mesma nota, o jornal declarou: “O Estadão jamais abrirá mão de seu compromisso histórico com a liberdade de expressão e os mais altos padrões de independência editorial”.
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‘Fica um ponto de interrogação’, diz fotógrafo que registrou gesto obsceno de Moraes — e acabou demitido do Estadão

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Violador de direitos humanos
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