Quase 200 ativistas ambientais lançaram protesto nesta segunda-feira, 18, ao bloquear os acessos à maior refinaria norueguesa, Mongstad, exigindo o fim da exploração de petróleo e gás no país. Entre os manifestantes, estava a sueca Greta Thunberg.

Integrantes do grupo Extinction Rebellion ocuparam a estrada que leva à refinaria, situada em Bergen, no sudoeste da Noruega. Simultaneamente, caiaques e veleiros dificultaram o acesso marítimo ao porto da instalação.

Declarações de Greta Thunberg

Greta Thunberg declarou em comunicado que os protestos foram convocados porque “não há futuro no petróleo, e os combustíveis fósseis levam à morte e à destruição”. Ela ainda afirmou que grandes produtores, como a Noruega, “têm sangue nas mãos”.

A refinaria Mongstad pertence à Equinor, com controle majoritário do Estado norueguês. Os manifestantes pressionam por um plano de eliminação gradual de petróleo e gás, ressaltando que a Noruega lidera a produção europeia desses recursos.

A queima de combustíveis fósseis é considerada a principal responsável pela emissão de gases do efeito estufa, o que supostamente intensifica fenômenos como secas, tempestades e furacões.

Reações e próximos passos

O movimento dos ativistas deve continuar nos próximos dias, com novas manifestações planejadas ao redor do país, conforme anunciaram os organizadores do protesto. De acordo com a polícia, equipes acompanham a situação desde as 7h do horário local, equivalente a 4h em Brasília, permanecendo no local para monitorar os desdobramentos.

Autoridades norueguesas ressaltam a importância do petróleo e gás na geração de empregos, desenvolvimento técnico e para garantir energia estável ao continente europeu.

A Equinor informou que pretende manter a produção de petróleo em 1,2 milhão de barris diários e a de gás em 40 bilhões de metros cúbicos por ano até 2035.

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