
A Harvard Business School afirmou, nesta quinta-feira (14/8), que não há registro de que o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, 47 anos, tenha estudado na instituição dos Estados Unidos. Renê é suspeito de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, durante uma discussão de trânsito em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
“Não temos registro de Rene da Silva Nogueira Júnior tendo frequentado ou recebido diploma da Harvard Business School”, disse a instituição em nota enviada ao Metrópoles.
No perfil de Renê no LinkedIn, desativado após a repercussão do crime, constava que ele havia concluído o curso “Harvard Managementor”, um programa voltado ao desenvolvimento de liderança e gestão corporativa. A página ainda exibia a informação de que ele possuía diploma da instituição.
3 imagensFechar modal.1 de 3Renê da Silva Nogueira Junior, de 47 anosReprodução/Redes sociais2 de 3Renê da Silva Nogueira Junior, de 47 anosReprodução/Redes sociais3 de 3Renê da Silva Nogueira Junior, de 47 anosReprodução / Redes sociais
Entenda o caso
A Polícia Civil prendeu, na última segunda-feira (11/8), o empresário René da Silva Nogueira Junior, suspeito de matar a tiros o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, após uma discussão de trânsito em Belo Horizonte (MG). O crime aconteceu enquanto a vítima trabalhava na coleta de lixo.
Testemunhas relataram que Laudemir e outros garis recolhiam resíduos quando o empresário passou de carro e pediu que o caminhão fosse retirado da via para que pudesse passar com seu veículo elétrico.
Após uma breve discussão com a motorista do caminhão, ele desceu do carro armado e efetuou disparos. Laudemir foi atingido na região da costela. René entrou no veículo e fugiu.
2 imagensFechar modal.1 de 2Laudemir de Souza FernandesReprodução/Redes sociais2 de 2Empresário René da Silva Nogueira e gari Laudemir de Souza FernandeReprodução/Redes sociais
A vítima chegou a ser socorrida e levada a um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos. A causa da morte foi hemorragia interna provocada pelo projétil, que ficou alojado no corpo.
A motorista do caminhão de coleta relatou que havia espaço suficiente para o carro passar e que o empresário se irritou sem necessidade. Segundo ela, antes de atirar contra os garis, René apontou a arma para a cabine e ameaçou disparar contra seu rosto, dizendo: “Vou dar um tiro na cara”.
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Prisão
A prisão do suspeito aconteceu horas depois, em uma academia de luxo no bairro Estoril, na região Oeste da capital mineira, durante uma ação conjunta das polícias Civil e Militar.
Renê foi autuado por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, e ameaça contra a motorista do caminhão de coleta.
A arma usada, uma pistola calibre .380, está sob análise da Corregedoria da Polícia Civil, já que teria sido registrada em nome da esposa do suspeito, a delegada da Polícia Civil Ana Paula Lamego Balbino. O caso segue em investigação para apurar eventual falha na guarda do armamento.
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