Ricardo Severino 
Com as eleições municipais cada vez mais próximas, o prefeito de Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, anunciou a entrega de 10 obras parcialmente finalizadas, gerando controvérsia na comunidade.
Uma das principais entregas anunciadas é a primeira fase do novo Hospital Mario Covas, que, segundo apurações, nem sequer possui um padrão de energia instalado, impossibilitando seu funcionamento imediato. Outro projeto mencionado, o PEI (Polo Educacional de Ilhabela) do Sul da ilha, também se encontra com as obras inacabadas.
Além disso, os Mercados de Peixe e Municipal, entre outros empreendimentos, não foram finalizados ou não possuem gestão para seu pleno funcionamento. Essa situação levanta questionamentos sobre a real motivação dessas inaugurações, com suspeitas de que possam se tratar de ações políticas eleitoreiras.
Vale ressaltar que a Lei Municipal nº 1.174/2016, de autoria do vereador Dr. Thiago, proíbe a inauguração de obras públicas que não atendam aos fins a que se destinam. No entanto, o atual prefeito parece ter ignorado essa legislação, inaugurando obras de forma apressada e controversa.
Outro ponto preocupante é a recente condenação do prefeito em dois julgamentos em colegiado com dolo, uma se refere ao processo seletivo dos psicólogos em outra com a contratação irregular de uma gráfica, esta com dano ao erário.
Diante desse cenário, a população de Ilhabela é convocada a ficar atenta e exigir a finalização e o pleno funcionamento das obras públicas, evitando que a cidade se torne um “cemitério de elefantes brancos” com inaugurações vazias e sem propósito.
