
O carnaval de Ilhabela, uma das festas populares mais tradicionais e celebradas do Brasil, ganhou um reconhecimento especial na última quarta-feira (30). O prefeito Toninho Colucci sancionou uma lei que declara as comunidades e agremiações carnavalescas do município, assim como suas atividades e expressões artísticas, como patrimônio imaterial da cidade.
A lei leva o nome de Fátima Aparecida de Jesus, uma homenagem póstuma à ex-presidente e precursora de um grande legado da escola de samba Padre Anchieta, pioneira do município e ainda ativa após 57 anos de tradição. A iniciativa partiu do vereador Alexander Augusto (Leléco Augusto), que defendeu a importância de garantir a livre manifestação cultural que muitas vezes é impedida de ser exercida por puro preconceito.
O carnaval de Ilhabela é marcado pela diversidade e pela criatividade dos blocos e das escolas de samba, que desfilam pelas ruas da cidade com enredos e fantasias que valorizam a cultura local e a identidade caiçara. Um dos destaques é o Banho da Dorotéia, uma tradição que nasceu há cerca de 60 anos com um pequeno grupo de amigos que se divertiam em um dia de carnaval com um mergulho no mar. Hoje, o Banho da Dorotéia reúne diversos blocos que colorem o mar de Ilhabela com suas fantasias de crepon.

O reconhecimento do carnaval como patrimônio imaterial é uma forma de preservar e incentivar essa manifestação cultural que gera empregos, renda e lazer para os moradores e os turistas de Ilhabela. Além disso, é uma forma de valorizar os artistas, os músicos, os dançarinos, os artesãos e todos os envolvidos na produção dessa festa que contagia a todos com sua alegria e sua energia.
Por: Ricardo Severino – Blog do Severino