Justiça decreta prisão de PM que matou marceneiro na saída do trabalho

A Justiça de São Paulo decretou, nesta sexta-feira (15/8), a prisão do policial militar (PM) Fabio Anderson Pereira de Almeida, que matou com tiros pelas costas

A Justiça de São Paulo decretou, nesta sexta-feira (15/8), a prisão do policial militar (PM) Fabio Anderson Pereira de Almeida, que matou com tiros pelas costas um marceneiro que saía do trabalho, em Parelheiros, zona sul da capital, no início de julho. A decisão atendeu a um pedido do Ministério Público estadual (MPSP), que ofereceu denúncia contra o PM no dia anterior.
A juíza Paula Marine Konno, da 2ª Vara do Júri, afirmou a brutalidade do crime e a “periculosidade do agente” seriam suficientes para justificara a prisão preventiva.
“Os fatos relatados indicam, portanto, seu alto grau de periculosidade evidenciado no modus operandi do ato criminoso, a impor a sua segregação cautelar”, disse a magistrada, que também recebeu a denúncia, tornando o policial réu.

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Na denúncia, apresentada na quinta-feira (14/8), o promotor de Justiça Everton Luiz Zanella afirmou que Fabio Anderson Pereira de Almeida não agiu em acordo com sua função pública e matou o trabalhador que corria para pegar um ônibus. Zanella ainda argumenta que o PM atirou três vezes contra o marceneiro e ainda atingiu outra vítima, colocando em risco as pessoas que caminhavam em uma via pública.
3 imagensFechar modal.1 de 3Guilherme Dias Santos Ferreira, 26 anos, foi morto pela PM após ser confundido com ladrãoReprodução/Globo2 de 3O PM diz ter reagido a uma tentativa de roubo e confundido o jovem com um dos assaltantesReprodução3 de 3Guilherme Dias Santos Ferreira, 26 anos, foi morto pela PM após ser confundido com ladrãoReprodução/Globo
“A conduta é completamente inaceitável e caraterizada pela existência de recurso que impediu a reação do ofendido Guilherme, que morreu após um dia de intenso trabalho, num momento em que apenas queria voltar para sua casa e sua família e não poderia — jamais — imaginar que seria alvejado por um disparo”, acrescentou.

Relembre o caso do PM que matou marceneiro

O crime aconteceu na noite do dia 4 de julho na Estrada Turística de Parelheiros, zona sul de São Paulo.
O marceneiro Guilherme Dias Santos, de 26 anos, foi morto com um tiro na cabeça disparado pelo policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o PM reagiu a uma tentativa de roubo praticada por um grupo de motociclistas e atirou contra os suspeitos. Em seguida, ainda no local, o policial viu um homem se aproximando e disparou novamente. O rapaz, no entanto, era Guilherme, que estava caminhando em direção a um ponto de ônibus e não tinha relação com a ocorrência.
Após matar o marceneiro, Almeida chegou a ser preso em flagrante por homicídio culposo (não intencional). No entanto, foi liberado no mesmo dia, após pagar fiança de R$ 6,5 mil.
Os investigadores da Polícia Civil apontaram contradições no depoimento do policial e pediram a prisão preventiva do acusado.
Na quinta-feira (14/8), o Ministério Público de São Paulo apresentou denúncia contra o policial, solicitando prisão preventiva e anulação da fiança.

Vídeo mostra jovem saindo do trabalho
Vídeos de câmeras de segurança mostram o momento exato em que o trabalhador Guilherme Dias Santos Ferreira, de 26 anos, bateu o ponto em seu trabalho, às 22h23, apenas alguns minutos antes de ser morto pelo policial militar. Veja:

 

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Redação

Ricardo Severino, 50, Casado, Jornalista, Radialista, Desenvolvedor Web, Criador de conteúdo - MTB - 95472/SP

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