
Anunciada nesta quarta-feira (13/8) pelo governo Trump, a revogação dos vistos de autoridades brasileiras ligadas ao programa “Mais Médicos” foi um acerto de contas pessoal do secretário de Estado americano, Marco Rubio.
Conforme a coluna antecipou mais cedo, Rubio já havia antecipado a lideranças bolsonaristas que uma nova leva de cancelamentos de vistos seria anunciada em breve e envolveria uma questão pessoal do secretário.
3 imagensFechar modal.1 de 3Donald Trump Win McNamee/Getty Images2 de 3Marco Rubio já anunciou restrições à emissão de vistos a autoridadesReprodução3 de 3Trump e Marco RubioReprodução
Rubio é filho de cubanos que imigraram para os Estados Unidos na década de 1950 e sempre se posicionou contra o regime ditatorial de Cuba. Nesse contexto, o secretário avalia que o Mais Médicos teria financiado o regime.
.@StateDept is taking steps to impose visa restrictions on several African, Cuban, and Grenadian government officials complicit in the Cuban regime’s coerced forced labor export scheme. We are committed to ending this practice. Countries who are complicit in this exploitative… https://t.co/O1AiY93AXc
— Secretary Marco Rubio (@SecRubio) August 13, 2025
Segundo informações do Departamento de Estado, foram sancionados Mozart Julio Tabosa Sales e Alberto Kleiman. Os dois integravam o Ministério da Saúde quando o programa foi implementado no Brasil.
Além disso, ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) também foram atingidos pela restrição, que os impede de entrar no país liderado por Donald Trump.
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EUA diz que vai revogar vistos de brasileiros ligados ao Mais Médicos
Até então, o governo dos Estados Unidos tinha oficializado a revogação de vistos apenas de oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e de seus familiares; entre eles, Alexandre de Moraes.
No caso de Moraes, além de ter tido o visto cancelado, o ministro teve seu nome incluído pelo governo Trump na lista de alvos da Lei Magnitsky, que dificulta transações financeiras.
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