Outubro Rosa: Por ano, SUS realiza cerca de 1,7 mil atendimentos hospitalares de pacientes com câncer de mama no Vale do Paraíba


“Outubro Rosa” alerta para a prevenção do câncer de mama
Ao ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) realiza cerca de 1,7 mil atendimentos e procedimentos hospitalares para tratar pacientes com câncer de mama no Vale do Paraíba.
O número de atendimentos hospitalares por câncer de mama cresceu 29% na região entre 2022 e 2024. Foram 1.286 procedimentos pela condição em 2022 e 1.655 em 2024. Já considerando o comparativo de 2023 contra 2024, houve uma queda de 3,8%.
O levantamento dos atendimentos foi realizado pela Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo a pedido do g1. Confira, ano a ano, a quantidade de procedimentos relacionados ao câncer de mama feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Vale do Paraíba:
2022 – 1.286 procedimentos
2023 – 1.721 procedimentos
2024 – 1.655 procedimentos
2025 – parcial de janeiro a agosto – 983 procedimentos
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Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil, representando cerca de 25% de todos os tumores femininos.
Embora seja muito mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver câncer de mama. A diferença está na incidência: em homens, representa cerca de 1% dos casos totais, o que o torna raro, mas não inexistente.
Em outubro, é realizada a campanha ‘Outubro Rosa’, ação internacional voltada à prevenção e ao controle do câncer de mama. A ação foi criada no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure.
No Brasil, a campanha começou em 2002, quando o Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo, foi iluminado pela primeira vez na cor rosa — símbolo mundial da causa. Desde então, a mobilização se expandiu por todo o país, com adesão de instituições públicas, organizações da sociedade civil e entidades de saúde.
Juliana Rodrigues foi diagnosticada com câncer de mama em 2018.
Arquivo pessoal/Juliana Rodrigues
Luta contra o câncer
Juliana Rodrigues, de 48 anos, é moradora de Cruzeiro e foi diagnosticada com câncer de mama invasivo – um tipo mais agressivo da doença -, em julho de 2018. Quando descobriu a enfermidade, ela tinha 41 anos e era confeiteira.
“Eu tinha um tumor medindo 2 centímetros. Meu chão se abriu, pois o médico que fez o ultrassom me disse que o caso era grave. Minha fé me fez forte, porque mesmo essa situação tendo me abalado muito, nunca pensei em coisas negativas”, contou.
Sem plano de saúde e com receio de esperar na fila do SUS, Juliana conseguiu pagar a cirurgia e fez o procedimento em novembro daquele ano. Na época, o tumor já estava com 5 centímetros, quatro meses após a descoberta.
Após a mastectomia e consultas, Juliana começou a quimioterapia no dia 21 de janeiro de 2019, na Santa Casa, em São José dos Campos.
A ex-confeiteira precisou, também, de radioterapia e fez as 38 sessões no Hospital Maternidade Frei Galvão, em Guaratinguetá. O tratamento finalizou em setembro de 2019.
Juliana Rodrigues tendo apoio da família no tratamento.
Arquivo pessoal/Juliana Rodrigues
Em 2020, ela fez a cirurgia de reconstrução da mama e faz uso de medicamentos orais atualmente, com previsão de término em 2029.
“O período do meu tratamento não foi nada fácil. Minha mãe teve um AVC e cuidamos dela, perdi minha tia que também tratava de um câncer, meu ex-companheiro faleceu durante a pandemia em 2020 e, em 2022, perdi minha avó devido a um AVC”, explicou.
“Atualmente, sou casada e estou curada com a ajuda de Deus. Hoje falo para mulheres sobre minha luta e tento inspirar outras mulheres diagnosticadas a nunca desistir nos momentos difíceis. É muito importante fazer todos os exames preventivos e o autoexame, pois, quanto mais cedo o diagnóstico, mais eficaz será o tratamento. O câncer de mama tem cura e eu sou a prova viva disso”, finalizou.
Sintomas e tratamentos
O oncologista Henrique Zanoni Fernandes, do Instituto de Oncologia do Vale (IOV), destaca os principais sintomas da doença.
Apesar do diagnóstico poder ser feito através de exames específicos, sinais no corpo também são importantes e devem ser observados:
É essencial que a mulher ou o homem conheça o próprio corpo.
Alterações como nódulo (caroço) endurecido e indolor na mama ou axila
Vermelhidão
Aspecto de casca de laranja
Retração do mamilo
Secreção espontânea (especialmente sanguinolenta)
Dor persistente
O médico também reforça maneiras de reduzir a exposição aos fatores de risco e como se prevenir:
Realizar a mamografia a partir dos 40 anos, mesmo sem sintomas
Mulheres com histórico familiar devem iniciar o rastreamento mais cedo
Exame clínico das mamas pode ser feito a partir dos 20 anos
Ter um estilo de vida saudável
Manter o peso corporal adequado
Praticar atividade física regularmente
Evitar o consumo de álcool e tabaco
Adotar uma alimentação equilibrada
Amamentar é um fator protetor contra o câncer de mama
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*Estagiário Thiago Ventura colaborou sob supervisão do g1.
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Fonte: Matéria original

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