Rafael Rozenszajn, major das Forças de Defesa de Israel (FDI) e primeiro porta-voz em português da instituição, tornou-se conhecido no Brasil por seus vídeos nas redes sociais. Neles, o militar rebate as acusações contra Israel desde os ataques do grupo terrorista Hamas em 7 de outubro. Ele reuniu essas explicações em um livro, A Guerra das Narrativas (Editora Citadel), lançado em agosto no Brasil.

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A obra, na visão de Rozenszajn, desmascara uma série de informações distorcidas a respeito das ações israelenses. No dia 11 de agosto, o autor realizou uma sessão de autógrafos no Rio de Janeiro, durante o evento de 20 anos da instituição judaica Hillel. Em São Paulo, o lançamento ocorreu no dia 14, em um shopping da Zona Oeste. Nesta segunda-feira, 18, o major participou de um debate sobre o livro no clube Hebraica, na capital paulista, ao lado do jornalista Roberto Cabrini.

“As narrativas no Brasil sobre a situação de Israel e a desinformação são enormes”, afirma Rozenszajn a Oeste. “O livro vem combater todas as narrativas que são utilizadas para acusar Israel.”

O principal objetivo da obra é esclarecer e apresentar o lado israelense da questão, abordando a preocupação do autor com o que ele define como informações fora de contexto, imagens manipuladas e discursos parciais que podem moldar uma percepção deturpada sobre Israel e o Hamas. Para ele, a comunicação se tornou um campo de batalha tão decisivo quanto o militar.

Rozenszajn destaca que o livro fornece as informações necessárias para aqueles que querem apoiar Israel, mas não possuem os dados para combater acusações como “genocídio, apartheid ou assassinato proposital de crianças e mulheres na Faixa de Gaza”.

Porta-voz contesta narrativas contra Israel

Brasileiro, nascido no Rio de Janeiro, Rozenszajn se mudou para Israel aos 21 anos. Estudou Direito no país judaico e fez mestrado na Universidade de Northwestern, em Chicago, Estados Unidos. Ao concluir os estudos, ingressou no serviço militar de Israel, onde, em 18 anos como oficial das FDI, atuou em diversas áreas jurídicas e militares.

Brasileiro, ele é grato ao Rio de Janeiro, cidade que acolheu seu avô, sobrevivente do Holocausto, Por isso, Rozenszajn se incomoda ao ver muitos de seus compatriotas acusando o país que ele, de origem judaica, escolheu defender.

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“Para aqueles que acusam Israel, o livro também oferece os argumentos necessários para combater as narrativas que baseiam essas acusações”, prossegue o major. Ele considera a obra essencial neste momento, pois “infelizmente, o Brasil está passando por uma situação de enorme desinformação sobre o que acontece em Israel”.

Embora o Brasil seja o país com os maiores apoiadores de Israel, segundo ele, muitos têm receio de demonstrar esse apoio. O autor atribui isso a um estigma direcionado a Israel, que causa constrangimento.

“As narrativas e as acusações são tão grandes que geram receio nessas pessoas. Por isso, este livro dará a oportunidade a todos que desejam apoiar Israel de entender o que realmente acontece. E não apenas entender, mas também receber as provas e os argumentos corretos para combater todas essas narrativas.”