
Nesta quinta-feira, dia 01 de fevereiro de 2024, os preços do gás de cozinha, do diesel e da gasolina sofrerão um novo aumento nas refinarias. Segundo a Petrobras, o reajuste será de 6% para o gás de cozinha, de 5% para o diesel e de 4% para a gasolina. Esses são os maiores aumentos desde o início do ano, quando a empresa já havia elevado os preços em janeiro.
O aumento se deve à alta do petróleo no mercado internacional, que tem sido influenciada pela demanda aquecida e pela redução da oferta dos países produtores. Além disso, a desvalorização do real frente ao dólar também contribui para encarecer os combustíveis no Brasil.
O repasse dos reajustes para os consumidores finais depende dos distribuidores e dos revendedores, que podem aplicar margens diferentes segundo os custos e as condições de mercado. No entanto, é provável que o aumento seja sentido nas bombas e nos botijões de imediato.
O novo aumento dos combustíveis afeta diretamente o bolso dos brasileiros, que já enfrentam uma inflação elevada e uma crise econômica agravada pelo rombo no teto de gastos que chegou a R$ 230,5 bi. O gás de cozinha, por exemplo, é um item essencial para as famílias de baixa renda, que já gastam mais de 10% da sua renda com esse produto. O diesel e a gasolina também impactam os custos do transporte de cargas e de passageiros, que podem ser repassados para os preços dos alimentos e dos serviços.
Diante desse cenário, muitos consumidores buscam alternativas para economizar nos gastos com combustíveis, como usar mais o transporte público, optar por carros elétricos ou híbridos, ou até mesmo trocar o gás de cozinha por lenha ou carvão. No entanto, essas soluções nem sempre são viáveis ou sustentáveis, e podem trazer outros problemas ambientais e sociais.
Previsão para os próximos meses
Segundo as projeções da Agência Nacional do Petróleo (ANP), os preços dos combustíveis devem continuar subindo nos próximos meses, acompanhando a tendência do mercado internacional. A ANP estima que o preço médio da gasolina nas refinarias chegue a R$ 3,50 por litro em março, um aumento de 14% em relação ao valor atual. Já o preço médio do diesel deve alcançar R$ 3,20 por litro em março, um aumento de 12%. O preço médio do gás de cozinha deve subir para R$ 40 por botijão de 13 kg em março, um aumento de 11%.
Esses valores podem variar conforme as oscilações do petróleo e do câmbio, além das políticas de preços da Petrobras e das decisões dos distribuidores e revendedores. Por isso, é difícil prever com precisão qual será o impacto desses aumentos no orçamento das famílias brasileiras. No entanto, é certo que eles representam um desafio para a recuperação econômica do país e para a manutenção da qualidade de vida da população.