
Senadores relataram nos corredores do Congresso que Gilberto Kassab, presidente do PSD, partido com a maior bancada da Casa, teria tentado influenciar parlamentares da legenda a assinarem o pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes (STF). Segundo interlocutores, a iniciativa foi direcionada a parlamentares da ala mais à direita da sigla.
Dos 41 senadores que aderiram à iniciativa, três são do PSD: Nelsinho Trad (MS), Margareth Buzetti (MT) e Lucas Barreto (AP). Já Sérgio Petecão (AM) teria desagradado à cúpula do partido ao não seguir a suposta orientação. Petecão, aliás, adotou postura ambígua. Ele publicou posts sobre o rito do processo de impeachment contra ministros do STF sem, no entanto, assinar o documento.
Procurado, Gilberto Kassab negou, por meio de sua assessoria, ter exercido qualquer tipo de pressão .
5 imagensFechar modal.1 de 5Gilberto Kassab, presidente nacional do PSDBruna Sampaio e Carol Jacob/Alesp2 de 5Senador Nelsinho Trad (PSD-MS)3 de 5Senador Lucas Barreto (PSD-AP)Roque de Sá/Agência Senado4 de 5Senadora Margareth Buzetti (PSD-MT)Roque de Sá/Agência Senado5 de 5Senador Sérgio Petecão (PSD-AM)Divulgação
Relação entre Moraes e Kassab
Após Kassab manifestar o apoio do PSD ao projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro, Moraes ordenou o retorno ao STF de uma investigação contra Kassab oriunda da Lava Jato, para que o ministro pudesse relatar o caso novamente.
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O inquérito havia sido enviado pelo próprio Moraes à Justiça Eleitoral de São Paulo em 2019. Em 2021, a denúncia do Ministério Público contra Kassab foi aceita pela Justiça, tornando o presidente do PSD réu no processo.
O caso foi arquivado por Moraes em junho deste ano após manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
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