Sobe para nove o número de casos suspeitos de intoxicação por metanol no Vale e região


Brasil tem 17 casos confirmados de intoxicação por metanol
Subiu para nove o número de casos suspeitos de intoxicação por metanol no Vale do Paraíba e região, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. A informação foi confirmada pelo órgão na noite desta terça-feira (7).
Veja os números por cidade:
Caraguatatuba – 1 caso suspeito
Jacareí – 1 caso suspeito
Lorena – 1 caso suspeito
São José dos Campos – 6 casos suspeitos
De acordo com o governo estadual, esses nove casos são os únicos em investigação no Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira, Litoral Norte e região bragantina.
Em todo o estado de SP, são 176 casos, sendo 158 em investigação e 18 confirmados. Foram contabilizados também 10 óbitos, sendo três confirmados e sete em investigação.
🔍 O metanol é um álcool usado industrialmente em solventes e outros produtos químicos, é altamente perigoso quando ingerido. Inicialmente, ataca o fígado, que o transforma em substâncias tóxicas que comprometem a medula, o cérebro e o nervo óptico, podendo causar cegueira, coma e até morte. Também pode provocar insuficiência pulmonar e renal.
A Polícia Civil de São Paulo investiga se os casos de intoxicação por metanol têm como origem garrafas de bebidas destiladas higienizadas com a substância. Esta é a principal linha de investigação das autoridades.
Veja o que se sabe sobre os pacientes com suspeita de intoxicação na região:
São José dos Campos – seis pacientes
Na sexta-feira (3), o Ministério havia divulgado o primeiro caso suspeito da região, de uma paciente de São José. Segundo a prefeitura, se trata de uma mulher de 47 anos que mora na cidade, mas trabalha em Minas Gerais. Ela começou a passar mal após beber gin em uma cidade mineira. A mulher recebeu alta e se recupera em casa.
“A paciente tem 47 anos e relata que comprou gin em um mercado em Minas Gerais e que no dia 28/09 teve sintomas como cólicas abdominais, cefaleia, diarreia e mal-estar geral, fazendo uso de dipirona sem melhora significativa. De volta a São José, ela procurou atendimento médico no Hospital Municipal devido à persistência dos sintomas. Ela foi internada para realização de exames e já teve alta”, informou a prefeitura em nota.
Até o momento, ainda não há informações sobre o estado de saúde dos outros cinco pacientes de São José. O g1 acionou a Prefeitura sobre os casos e aguarda retorno.
Jacareí – um paciente
Segundo a Prefeitura de Jacareí, o primeiro paciente com suspeita de intoxicação na cidade é um homem de 26 anos, que mora no Jardim Bela Vista. Ele bebeu cachaça, teve sintomas característicos de intoxicação por metanol e buscou ajuda na UPA Dr Thelmo de Almeida Cruz na sexta-feira (3).
O homem tinha náusea, vômitos e dor abdominal, entre outros sintomas, e foi transferido da UPA para um hospital. Ele foi internado na UTI da Santa Casa da cidade. Com quadro estável, a expectativa era que ele recebesse alta em 48 horas, mas ele deixou o hospital por conta própria.
Lorena – um paciente
Ao g1, a Prefeitura de Lorena confirmou o caso suspeito e disse que se trata de uma jovem de 21 anos que relatou ter consumido bebidas em uma festa. Ainda durante o evento, ela apresentou náuseas, mal-estar e perda de memória.
A jovem foi encaminhada ao hospital e permanece internada na UTI. No momento, ela está estável, lúcida e comunicativa.
Ainda segundo a prefeitura, o protocolo estadual para casos suspeitos de intoxicação por metanol foi rigorosamente seguido, com amostras de sangue encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz (IAL), foi realizado também o registro no sistema de informação e solicitado o antídoto.
A Vigilância Sanitária Municipal está conduzindo a investigação para identificar a origem das bebidas consumidas na festa em Lorena.
Caraguatatuba – um paciente
Até o momento, ainda não há informações sobre o estado de saúde do paciente de Caraguatatuba. O g1 acionou a Prefeitura sobre os casos e aguarda retorno.
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O que é o metanol e por que ele oferece risco à saúde
Diferentemente do etanol — que está presente nas bebidas alcoólicas comuns —, o metanol não é seguro para consumo humano. Sem cheiro, cor ou sabor característicos, pode ser misturado ilegalmente a bebidas sem que o consumidor perceba.
Quando ingerido, o organismo o processa o metanol no fígado, onde se transforma em substâncias altamente tóxicas, como o ácido fórmico.
Os efeitos aparecem rapidamente: visão borrada, tontura, dor abdominal, respiração acelerada e, em casos mais graves, cegueira irreversível, falência de órgãos e morte.
A gravidade depende da quantidade ingerida e da rapidez do atendimento médico, já que o tratamento é considerado uma corrida contra o tempo.
Na última semana, diferentes estados registraram suspeitas de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas adulteradas.
Diante do aumento de ocorrências, o Ministério da Saúde instalou uma Sala de Situação nacional para coordenar as ações com Anvisa, vigilâncias sanitárias estaduais e municipais, além de órgãos como Ministério da Justiça e Ministério da Agricultura.
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Fonte: Matéria original

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