
Um cenário desolador marcou a costa paulista nos últimos dias. Mais de 700 pinguins-de-Magalhães foram encontrados mortos em diversas praias do litoral de São Paulo, incluindo o Litoral Norte, em um dos eventos de mortalidade em massa mais severos dos últimos anos. A situação acendeu um alerta máximo em institutos de pesquisa e reabilitação de animais marinhos.
Os animais, em sua maioria jovens, fazem parte da migração anual que sai da Patagônia, na Argentina, em busca de alimento em águas mais quentes. No entanto, a longa e exaustiva jornada cobra um preço alto. Segundo especialistas, a principal causa das mortes é natural: os pinguins chegam extremamente debilitados, magros e com hipotermia, não resistindo ao desgaste da viagem.
Institutos como o Argonauta, que atua no Litoral Norte, estão trabalhando intensamente no monitoramento das praias, no resgate dos animais que ainda chegam com vida e na coleta dos corpos para necropsia, a fim de investigar se há outras causas associadas, como a ingestão de lixo ou a presença de doenças.
O que fazer ao encontrar um pinguim na praia?
A orientação dos especialistas é clara:
- Não se aproxime e não toque no animal. Mesmo debilitado, ele pode bicar para se defender e transmitir doenças.
- Não tente alimentá-lo ou devolvê-lo para a água.
- Afaste curiosos e animais domésticos.
- Ligue imediatamente para o instituto ambiental responsável pela sua região. No Litoral Norte, o contato pode ser feito com o Instituto Argonauta.
A alta mortalidade serve como um triste lembrete da fragilidade da vida marinha e da importância de preservar os oceanos para garantir a sobrevivência de espécies como o pinguim-de-Magalhães.
Fonte: Informa Life