O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou uma carta ao ex-presidente Jair Bolsonaro condenando o processo contra ele por suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. O julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) está marcado para 2 de setembro.

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A correspondência foi assinada no fim de semana e publicada nesta segunda-feira, 18, pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). No documento, Trump classifica como “terrível” o tratamento dado a Bolsonaro por um “sistema injusto” e afirmou que o processo “deve terminar imediatamente”.

O republicano também disse que não se surpreende com o desempenho de Bolsonaro em pesquisas para as eleições de 2026.

“O senhor foi um líder altamente respeitado e forte que serviu bem ao seu país. Compartilho seu compromisso de ouvir a voz do povo e estou muito preocupado com os ataques ao livre discurso — tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos — vindos do atual governo”, escreveu.

‘Último recado’, diz Eduardo sobre carta de Trump

Eduardo chamou a mensagem de Trump de “último recado” às autoridades brasileiras. No vídeo, o parlamentar diz que Trump manifestou preocupação com a prisão e a perseguição ao ex-presidente. Ele destacou ainda a influência do republicano em negociações internacionais.

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“Esse cara aqui ganhou do Trudeau no Canadá, ganhou o que ele queria do México, aumentou o PIB da União Europeia para fim de defesa”, afirmou. “Esse cara aqui, ele senta com Putin, ele aperta a mão do Kim Jong-un, ele bombardeia o Ali Khamenei. Vocês acham mesmo que são vocês que vão conseguir parar e enrolar esse cara daqui?”, afirmou.

O parlamentar disse que o Itamaraty não tem acesso à Casa Branca. “Eu estou dando mais um aviso, um conselho a vocês, de alguém que consegue se encontrar com as autoridades daqui e conhece o clima de dentro, da fonte”, declarou. Segundo Eduardo, a embaixadora Maria Luiza Ribeiro Viotti teria recebido “uma porta na cara” ao tentar se reunir com representantes do governo norte-americano.

“Vocês que estão com o poder da caneta no Brasil, ajam antes que seja tarde demais”, concluiu. “Não dêem trela para narrativa. Porque depois, se esse cara aqui resolver, de fato, usar as armas que ele tem, que ele nem começou a usar, aí que não haverá mais volta”.

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