Redação 
Em uma sessão marcada por protestos e indignação, o vereador Gabriel Rocha (SD) apresentou na última segunda-feira (27) uma garrafa de água suja, coletada por moradores de Ilhabela, para denunciar a péssima qualidade do serviço prestado pela Sabesp na cidade. O parlamentar afirmou que vai encaminhar ao Ministério Público Estadual e Federal um pedido de cancelamento do contrato firmado com a empresa em 2019, alegando que o mesmo não está sendo cumprido e que a população está sendo exposta a riscos de saúde.
“Estou encaminhando ao Ministério Público de São Paulo e Federal o cancelamento do contrato firmado com a cidade em 2019, contrato que não está sendo cumprido bem como o abastecimento de água com água insalubre, graças à Sabesp nossa cidade ocupa o primeiro lugar negativamente no censo de 2022 no abastecimento de água, estarei acionando a Arsesp com as denúncias contra à concessionária, bem como ofício ao prefeito Toninho Colucci para que a Prefeitura publique uma PPP (Parceria Público Privada). Ilhabela tem recurso e competência para assumir esse serviço, não vamos permitir que esse descaso continue”, disse Rocha.
O vereador também criticou a falta de transparência da Sabesp, que não divulga os laudos técnicos da qualidade da água e nem os investimentos realizados na cidade. Ele cobrou uma fiscalização rigorosa da Arsesp, órgão regulador do setor, e disse que vai solicitar uma audiência pública para debater o assunto com a população e os representantes da empresa.
A Sabesp é responsável pelo abastecimento de água e esgoto de Ilhabela desde 1973. Em 2019, o contrato foi renovado por mais 30 anos, mediante a promessa de investimentos de R$ 219 milhões na ampliação e melhoria dos sistemas. No entanto, segundo o vereador Gabriel Rocha, os problemas persistem e se agravam, especialmente na temporada de verão, quando a demanda aumenta.
A reportagem tentou contato com a Sabesp, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.
