A grave crise financeira que ameaça os serviços essenciais de Ilhabela foi revelada pelo jornal Tribuna do Povo, por meio do jornalista Caio Gomes, e não pelos canais oficiais da prefeitura. A reportagem aponta que a administração municipal já prevê cortes que podem impactar diretamente a população mais carente, afetando áreas como saúde, assistência social e programas educacionais.
A arrecadação de royalties do petróleo, que representa uma parcela significativa do orçamento municipal, caiu drasticamente. No primeiro bimestre de 2025, a cidade arrecadou apenas R$ 54,9 milhões, frente à previsão de R$ 104,3 milhões, uma redução de 47,3%.
Cortes nos Serviços Essenciais
Diante desse cenário, a prefeitura já anunciou a contenção de 30% dos orçamentos das secretarias, além da suspensão de novas obras e possíveis cortes em benefícios sociais como distribuição de cestas básicas, bolsas de estudo, transporte universitário e incentivo a atletas.
A situação se agrava com a possibilidade de cortes na Santa Casa de Ilhabela, o que pode comprometer atendimentos médicos, pagamento de profissionais e manutenção dos serviços de saúde pública.
Além disso, a crise afeta turismo, cultura e esportes, setores que movimentam a economia local. Eventos tradicionais podem ser cancelados ou reduzidos, prejudicando comerciantes, artistas e profissionais que dependem dessas atividades.
Revolta Popular e Gastos Questionáveis
Se por um lado a prefeitura argumenta a necessidade de cortes, por outro, moradores questionam gastos milionários feitos nos últimos anos. Nas redes sociais, diversas críticas apontaram que a crise poderia ser amenizada se a administração tivesse evitado despesas duvidosas:
- R$ 25 milhões em um sistema de drenagem ineficaz.
- R$ 58 milhões em uma ciclovia que termina em um poste.
- R$ 19 milhões em um muro de arrimo.
- R$ 8 milhões em um terreno na Serraria.
- R$ 10,5 mil por dia para uma empresa administrar redes sociais da prefeitura.
- Salários elevados do prefeito e aliados políticos, chegando a R$ 35 mil para o chefe do Executivo e R$ 20 mil para assessores.
Diante da crise, internautas se manifestaram com indignação:
“Ele vai preferir cortar bolsa de estudos, cestas básicas e outros benefícios sociais, digno do governo PL.”
“Começasse não indo fazer farofa em Portugal às nossas custas…”
“O salário do prefeito aumentou para R$ 35 mil reais, do vice-prefeito para R$ 25 mil, enquanto a população sofre com cortes absurdos.”
Prefeitura se Pronuncia?
Até o momento, a administração municipal não detalhou oficialmente quais serviços serão afetados, nem se manifestou sobre os questionamentos da população. O secretário de Gestão Financeira, Luís Henrique Homem, admitiu que a situação é “crítica” e que a prefeitura terá que reduzir despesas. Já o secretário de Governo, Lucas Oliveira, reconheceu que “decisões difíceis” precisarão ser tomadas.
A Falta de Planejamento e o Futuro de Ilhabela
A crise financeira que atinge Ilhabela não é isolada e reflete a instabilidade dos repasses de royalties, dependentes do mercado internacional de petróleo. No entanto, o que se questiona é a falta de planejamento da administração municipal, que deveria ter medidas para garantir a continuidade dos serviços essenciais mesmo em momentos de queda na arrecadação.
Continua abaixo:
Se a crise continuar, o corte de benefícios pode levar muitas famílias a uma situação de vulnerabilidade extrema, comprometendo alimentação, educação e saúde da população mais carente.
A matéria original foi publicada no jornal Tribuna do Povo, pelo jornalista Caio Gomes, e não pelos canais oficiais da Prefeitura de Ilhabela.
Fontes: Jornal Tribuna do Povo Ilhabela
Tags: royalties do petróleo, Ilhabela, crise financeira, cortes na saúde, assistência social, prefeitura de Ilhabela, desperdício de dinheiro público